No meio geotécnico os métodos de previsão da capacidade de carga de estacas mais difundidos foram propostos por Aoki e Velloso (1975) e por Décourt e Quaresma (1978), que utilizam o índice de resistência à penetração NSPT.
Diversas empresas nacionais, assim como a FUNDASOLOS, estão adaptando ao tradicional SPT técnicas para medida do atrito lateral. A técnica mais difundida é a de equipar o SPT com um torquímetro, que permite obter, imediatamente após a medida do índice de resistência à penetração NSPT, o momento torsor necessário para girar o amostrador padrão, permitindo calcular o atrito, por adesão, entre a parede externa do amostrador e o solo. Com este procedimento elimina-se grande parte dos erros na obtenção do N do SPT ou NSPT, obtendo-se dados de resistência à penetração do amostrador mais confiáveis na previsão dos métodos de capacidade de carga já consagrados, que são baseados no NSPT.
A introdução da medida de torque ao SPT fez surgir o SPT-T (Ranzini, 1988; 1994), assegurando mais confiança à previsão de capacidade de carga em estacas, melhorando a classificação do solo investigado. As medidas de torque máximo e mínimo são realizadas à medida que a sondagem é executada, ou seja, para cada medida de NSPT tem-se as medidas de torque associadas.
Referências:
• Aoki, N. e D.A. Velloso (1975) – “An Approximate Method to Estimate the Bearing Capacity of Piles” V PCSMFE, Buenos Aires.
• Décourt, L. e Quaresma, A.R. (1978) – “Capacidade de Carga de Estacas a Partir dos Valores do SPT” – VI COBRAMSEF, Rio de Janeiro, vol I – pp. 45 – 53.
• Ranzini, S.M. (1988 e 1994) – Notas Técnicas na Revista SOLOS E ROCHAS da ABMS – vol 11, nº único pp.29 e 30 e vol 17, nº 3 pp.189 – 190, respectivamente.
